Olá pessoal!
Estamos inaugurando mais uma seção, a de SAÚDE. Para começar vamos falar dos polêmicos Esteróides ou mais popularmente “BOMBAS”.
As pessoas usam um termo errado quando querem falar dos Esteróides. Elas chamam estas substâncias de Anabolizantes. Não é de todo errado, mas anabolizante é tudo aquilo que auxilia no crescimento dos músculos. Portanto um treinamento correto, aliado a alimentação e suplementação e descanso é anabolisante, visto que promovem o crescimento do músculo. Já o excesso de treino, aliado a falta de alimentação e suplementação é Catabolizante, ou seja, não irão ajudar em nada no crescimento da massa magra, muito pelo contrário, só irá prejudicar.
O texto é de Gilberto Kroeff Junior, do livro “O Segredo da Plena Forma”.
Na próxima postagem vamos detalhar mais sobre o assunto, já com a visão do mestre Waldemar Marques Guimarães Neto, do livro Anabolismo Total, 7ª edição.
E AS “BOMBAS”?
Atualmente, a busca incessante pelo corpo perfeito, promovida pela mídia, faz cada vez mais com que as pessoas se sintam inferiores e busquem alternativas para encaixar-se nesse perfil. E nessa corrida, elas não medem as consequências destes atalhos. Um exemplo destes é o uso desinformado e abusivo de esteróides.
Esteróides e anabólicos são chamados de “bomba” por fazerem justamente este efeito no nosso organismo. São remédios utilizados para osteoporose, raquitismo, anemia profunda e outras patologias, associadas a falta de fixação de determinados nutrientes ou proteínas.
Na realidade, mesmo em caso de patologias, as doses são homeopáticas, chegando a ser seis vezes menor do que aquelas utilizadas pelos “super homens” em academias.
O efeito básico da bomba é simples: aumenta a síntese de proteínas, em média quatro vezes. Isto sem falar dos esteróides, utilizados em animais de grande porte que são utilizados pelo homem.
BOMBA = sobrecarga renal e hepática, agressividade, crescimento dos ossos chatos, perda de cabelo, aumento dos pêlos no corpo, aumento da pressão arterial, oleosidade da pele, aumento do número de células defeituosas ( mutação ) que podem desenvolver algum tipo de tumor no futuro.
Quanto ao desempenho sexual, quando o nosso corpo percebe a testosterona sintética no sangue, ele encerra ou diminui muito a produção natural da mesma. Tudo sob controle, a não ser um volume diminuído da ejaculação (oligospermia ). O problema real surge quando termina o ciclo da ingestão. Nosso corpo demora de 2 a 3 semanas para produzir testosterona novamente, e como você não está recolocando ou seja, a taxa de estrogênio que o homem tem em quantidade reduzida fica reinando devido a falta de produção natural de testosterona. Os resultados todos conhecem: características femininas, falta de ereção, crescimento de mamas ( ginecomastia ), perda de massa magra, etc.
A taxa natural de testosterona retorna em algumas semanas, mas parece que em cada novo ciclo ela fica cada vez mais lenta, dependendo de cada pessoa.
No uso em mulheres, o processo é inverso; as características masculinas começam a aparecer: aumento da massa magra, diminuição de gordura e seios; engrossamento da voz, crescimento de pêlos, aumento do clitóris, diminuição da menstruação, etc., dependendo do tempo e da quantidade ingerida.
Enquanto for catalogado como droga, e seu efeito colateral for o aumento da massa magra, a única coisa que posso realmente escrever sobre o assunto é que é um tiro no escuro, uma balança entre resultados e conseqüências. Acredito – e isso já foi muito discutido em academias e encontros de profissionais de educação física – que o preconceito gera toda essa problemática. Através de pesquisas, poderia ser desenvolvido um anabólico mais natural, sem a qualificação “remédio”, evitando assim, a gama de efeitos colaterais do qual um percentual gigantesco de nossos jovens e adultos estão sujeitos. É uma questão de saúde pública, e proibir, até hoje, não pareceu resolver o problema e, muito menos, diminuir a ingestão de tais substâncias.
Atualmente, existem no mercado os pré-hormonais- produtos desenvolvidos fora do país, para pessoas que visam aumento da massa muscular, com a promessa de minimiza os efeitos colaterais através de modificações na estrutura molecular da testosterona. Porém, por ser muito recente e proibido pelo ministério da saúde em muitos países, inclusive no Brasil, somente no futuro teremos as respostas.
A “BOMBA” VICIA?
Na realidade, posso afirmar que se cria um vício psicológico. O indivíduo ganha 7 a 8 kg durante um ciclo, e passados três meses, perde 5 kg, tendo um ganho real de 30 % em média. São estes 70% de “como estava e ficou” que o fazem voltar a utilizar a medicação. Os esteróides raramente desencadeiam algum problema na primeira utilização. Entretanto, com o uso contínuo de tais substâncias, os efeitos e as conseqüências começam a aparecer. A escolha é sua: 30% de um lado, e diversos efeitos colaterais de outro.
Na atual sociedade capitalista, onde tudo esta á venda e com condições de pagamento há longo prazo, percebo que as pessoas matriculam-se em uma academia com essa mentalidade e querem modificar em 6 meses toda uma vida de desleixo e sedentarismo.
Esquecemos um pouco da saúde, que deveria ser o grande objetivo, e confundimos estética com um corpo saudável, almejando um físico, muitas vezes impossível na prática.
Um corpo saudável e esteticamente definido proporcionalmente é fruto de um conjunto de exercícios, nos quais sempre estamos superando metas, aprendedo e buscando novos resultados, que aparecem depois de 3 ou 4 anos de treinamento.
Mantendo-nos firmes, conseguimos o canudo de formatura, embora sabendo que somente 30% dos iniciantes ultrapassam os 6 meses de treinamento. Pode parecer muito tempo, mas quando estamos focados no hoje, subindo um degrau de cada vez, mesmo sem saber o tamanho da escadaria, não percebemos as restrições do presente.
Para os que estão malhando, continuem firmes! Para aqueles que ainda estão pensando, iniciem uma atividade física, pois os benefícios na saúde começam juntamente com a matrícula na academia. Dê o primeiro passo!
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