Olá galera! Vamos dar um tempo na musculação e falar esta semana de uma lenda real, um cara incrível, Bruce Lee. Houve um atraso nas postagens e eu gostaria de ter postado esta matéria no dia 27 de novembro, data de nascimento de Bruce Lee. Infelizmente não foi possível. Se Bruce estivesse vivo teria completado 70 anos. Mas Bruce não morreu, não nos corações e mentes das pessoas que viram seu trabalho, das pessoas que gostam de artes marciais e que reconhecem um talento e uma genialidade como a de Bruce.
Quando assistia aos filmes dele no cinema, saia de lá me sentindo um outro Bruce. Não somente eu, mas todos que assistiam seus filmes. Ele passava uma energia, uma força, algo inexplicável. Era como que dos seus olhos, dos seus movimentos, fluísse algo que nos atingia e nos fazia vibrar com tudo que acontecia. Mesmo depois de muitos anos, mesmo depois de já ter visto seus filmes várias vezes, a sensação é a mesma quando os revejo. Quando estou desmotivado, meio pra baixo, coloco um filme do Bruce e meu espírito reanima, volto a ficar motivado.
Então vamos conhecer sobre o GÊNIO BRUCE LEE.
VIDA E MORTE DE BRUCE LEE
Bruce foi um ator, lutador, artista marcial, filósofo, diretor, roteirista e mestre em Artes Marciais , tendo fundado o Jeet Kune Do. É considerado o artista marcial mais importante do século XX. Foi o responsável pela popularização dos filmes de Hong Kong no mundo.
Os pais de Bruce eram atores de opera chinesa e estavam se apresentando nos Estados Unidos quando do nascimento de Bruce. Bebê prematuro, sua mãe queria chamá-lo de Lee Jun Fan mas a burocracia norte-americana exige um nome anglicano.Uma das parteiras sugeriu Bruce e o casal chinês Lee Grave(a mãe) e Lee Hoi Chuen(o pai) concordaram.
Bruce Lee nasceu na hora e no ano do Dragão, entre 6 e 8 da manhã no dia 27 de novembro de 1940 no Hospital Jackson Street em Chinatown de São Francisco, Califórnia. Seus pais tiveram cinco filhos, sendo Bruce o quarto. Voltou para Hong Kong quando tinha apenas três meses de idade, cresceu e viveu lá até o fim de sua adolescência. Por seus pais serem artistas da Ópera Chinesa, Bruce atuou em vários filmes chineses durante sua infância.
Deste cedo começou a treinar Tai Chi ainda com o seu pai e dos 13 aos 18 aprendeu Wing Chun com o grande mestre Yip Man (1893-1972). Bruce foi apresentado ao estilo pelo seu amigo William Cheung em 1954, anos mais tarde o próprio disse que Bruce Lee evoluiu muito rápido no Wing Chun, ultrapassando em pouco tempo a habilidade de muitos alunos mais antigos, mas que Yip Man sempre ensinava que cada aluno aprenderia um forma diferente aos de mais para que seu estilo não se perdesse com o tempo, Bruce tinha uma facilidade acima do comum para aprender e executar movimentos ensinados pelo seu mestre.
Como era comum em muitas escolas de artes macias da época, os alunos eram ensinados por outros alunos mais experientes. Mas no caso de Bruce Lee foi diferente, o próprio mestre começou a treiná-lo em particular após alguns alunos recusarem-se a treiná-lo, pelo fato de que sua mãe não era totalmente chinesa [o Avô materno de Bruce era alemão e sua avó Chinesa] e a maioria dos chineses naquele tempo recusava-se a ensinar artes marciais aos ocidentais e aos mestiços.
Logo após a 2º Guerra Mundial Hong Kong era um lugar difícil de mora e crescer. Havia muitas gangues nas ruas da cidade das qual Lee foi muitas vezes forçado a lutar contra. Mas ele gostava de desafios um contra um e por diversas vezes enfrentou os membros das gangues. Mesmo com o pedido de seus pais para que ele se afastasse desse cotidiano, pouco adiantou devido aos desafios que Bruce venceu as confusões vinham naturalmente até ele.
Em 1950 deixa Hong Kong depois de estudar na Tak Sun School (ficava a dois quarteirões de sua casa na 218 Nathan Road, Kowloon), para estudar na rígida escola primaria La Salle College. Por volta de 1956, devido ao baixo rendimento escolar e seu péssimo comportamento, ele foi transferido para o Colégio St. Francis Xavier’s College (ginásio), onde seria aluno do irmão Edward, um monge católico, professor e técnico da escola de boxe da equipe, que foi condenado na Alemanha a passar o resto de seus dias em Hong Kong. Na primavera de 1959, Lee participou de uma briga de rua onde a polícia foi chamada. Lee brigou, venceu e espancou o filho de uma temida família tríade. Seus pais ficaram sabendo através da polícia que desta vez o oponente do filho tinha antecedentes criminais, e havia a possibilidade de que sua gangue atacasse-o. Finalmente o pai de Lee decidiu que seu filho deveria deixar Hong Kong para seguir uma vida mais segura e saudável nos Estados Unidos e em abril de 1959 eles decidiram mandá-lo para os Estados Unidos para se encontrar com sua irmã Agnes Lee, que já estava morando com amigos da família em São Francisco.
E assim os 18 anos, Bruce estava olhando para novas vistas em sua vida, foi para os Estados Unidos, com 100 dólares no bolso e 2 títulos de campeão de Boxe de 1957 e 1958 de Hong Kong. Depois de viver em São Francisco por vários meses, ele se mudou para Seattle no outono de 1959, para continuar seus estudos ele trabalhou para Ruby Chow como garçom e lavador de pratos em seu restaurante.
Ruby era esposa de um amigo de seu pai. Seu irmão mais velho Peter Lee também acolheu Bruce Lee em Seattle para uma pequena estadia. Em dezembro de 1960, Lee concluiu o ensino médio e recebeu seu diploma da Edison Technical School (agora Seattle Central Community College, localizado em Capitol Hill , Seattle).
Em março de 1961, matriculou-se na Universidade de Washington e formou-se em filosofia. Também estudou teatro e psicologia. Foi na Universidade de Washington que ele conheceu sua futura esposa, Linda Emery, com quem se casaria em agosto de 1964.
Em 1959 Lee começou a ensinar artes macias, ele dava aula aulas de Jun Fan Gung Fu (literalmente Kung Fu de Bruce Lee). Foi basicamente as técnicas do Wing Chun, com algumas idéias de Lee. Em 1964 saiu da faculdade e se mudou para Oakland para morar com James Yim Lee. Juntos, eles fundaram a segunda escola de artes marciais Jun Fan em Oakland. James Lee também foi responsável por apresentar Bruce Lee à Ed Parker, fascinado no mundo da arte marcial e organizador do (Long Beach) Torneio Internacional de Karatê onde Bruce Lee seria mais tarde “descoberto” por um produtor Hollywood
Bruce foi defrontado por um grupo de mestres asiáticos de artes marciais, dizendo para ele que não deveria ensinar a arte marcial aos não-chineses, ou deveria enfrentar o melhor lutador deles. Como Bruce adorava desafios, ele aceitou. A luta demorou três minutos e ele fez com que o adversário, jogado no chão, dissesse "eu me rendo", em chinês. Vendo que deveria ter vencido em segundos, e não em minutos, passou a se dedicar muito mais a arte marcial do Kung Fu.
Comemorando o nascimento de seu filho Brandon Bruce Lee, apenas uma semana depois, voltou para Hong Kong, pois seu pai havia falecido. Na volta, fez uma promessa para si mesmo, de que sua família se orgulhasse dele, passando assim a criar um estilo de Kung Fu próprio: O Jet Kune Do. A partir disto, Bruce teve de enfrentar novas dificuldades. Passou então a dar aulas particulares à domicílio, para personalidades famosas do meio artístico, como Lee Marvin, Chuck Norris e Steve McQueen, podendo custar o treinamento com o grande Mestre Bruce Lee até US$ 250,00 a hora. Mas seu aluno mais querido era seu filho, Brandon, e nesse meio tempo, veio ao mundo sua filha, Shannon Lee.
LESÃO
Linda Lee teve o dom de poder acalmar Bruce. Bruce Lee era uma pessoa de carne e osso, como eu e você, e não um super-herói como parece. Numa manhã em 1970, levantando pesos, Bruce fraturou um importante nervo das costas, deixando impossibilitado de treinar por seis meses, tempo esse que ele teve para formular a parte filosófica de sua arte marcial, o Jeet Kune Do. Médicos de todo o centro de tratamento vieram dizendo a ele que nunca mais voltaria a treinar.
TESTANDO SEUS LIMITES
Bruce fez de um obstáculo um ponto de apoio, para descobrir quais eram seus limites e medir a capacidade do corpo humano.
Bruce estava sempre treinando. Ele era capaz de se exercitar olhando tv, ler e descrever com detalhes todas as cenas, móveis, enfim, tudo que aparecia na imagem. Ele aproveitava todas as situações do cotidiano para melhorar suas habilidades.
Dava 2000 socos por dia, 1000 chutes, corria, pedalava, para ver de que o seu corpo era capaz. Ao ficar totalmente recuperado, começou uma exaustiva rotina diária de exercícios. Ele passava muito tempo treinando, treinando para um combate que nunca existiria; era um treinamento de sete dias por semana. Até que em 10 de maio de 1973, enquanto editava "Operação Dragão", ele sofreu um desmaio no estúdio, sendo levado às pressas para o hospital, onde não foi detectado nada. Após uma bateria de testes, ele se recuperou, terminou "Operação Dragão", e voltou para seu antigo projeto "Jogo da Morte".
APTIDÃO FÍSICA
Bruce Lee era conhecido pela sua aptidão física e desenvolvimento avançado dos músculos do corpo. Seus exercícios e treinamentos cumpridos com dedicação tornaram-no tão forte quanto uma pessoa de seu porte poderia ficar.
Depois de sua luta com Jack Wong Man, em 1965, Lee se focou totalmente no treinamento de artes marciais. Sentia que muitos artistas marciais de sua época não passam tempo suficiente treinando o condicionamento físico. Bruce incluiu em seus exercícios de condicionamento todos os elementos da força e da aptidão muscular, resistência muscular, resistência cardiovascular e flexibilidade. Ele tentou técnicas tradicionais de musculação para construir músculos volumosos ou aumentar a massa muscular. No entanto, Lee teve o cuidado de advertir que a preparação mental e espiritual era fundamental para o sucesso do treinamento físico nas habilidades de artes marciais.
OS ABDOMINAIS DE BRUCE LEE
De todas as partes do corpo que Bruce Lee desenvolveu, os seus músculos abdominais eram os mais espetaculares: sólidos como pedra ao toque, profundamente cortados e altamente definidos. Bruce acreditava que os abdominais eram um dos mais importantes grupos musculares para um artista marcial já que virtualmente todo movimento requer algum grau de trabalho abdominal.
Ele sentia que a muitos artistas marciais dos dias dele não tinham aptidão física necessária para acompanhá-lo.
A esposa de Lee, Linda Emery, reivindica que o seu falecido marido "era um fanático por treinos abdominais. Ele estava sempre a fazer sit-ups, abdominais, movimentos de cadeira romanos, elevações de perna, e V-ups."
De acordo com algumas notas iniciais de Lee, o seu treino diário abdominal incluía:
Torção de Cintura - quatro séries de 90 repetições.
Sentar para cima (sit-ups) com torções - quatro séries de 20 repetições.
Elevações de perna - quatro séries de 20 repetições.
Torções inclinadas - quatro séries de 50 repetições.
Pontapés em posição de rã - quatro séries de 50 repetições.
LONG BEACH E CAMPEONATOS DE LUTAS
A convite de Ed Parker, Lee apareceu em 1964 no Long Beach International Karate Championships para apresentações de suas flexões sobre os dedos (usando o polegar e o dedo indicador). No mesmo evento em Long Beach , também apresentou o famoso "soco de uma polegada".
Seu voluntário para a demonstração do soco foi Bob Baker de Stockton, Califórnia. "Eu disse a Bruce que não faria esse tipo de demonstração de novo", lembrou. "Quando ele me deu um soco da última vez, eu tive que ficar em casa sem trabalhar, porque a dor no peito era insuportável."
Foi em 1964 em um campeonato onde Lee conheceu o mestre de taekwondo, Jhoon Rhee. Os dois desenvolveram uma amizade - uma relação em que ambos se beneficiaram como artistas marciais. Jhoon Rhee ensinou seu chute lateral a Lee, e em retribuição Lee o ensinou o seu "soco telegráfico".
Lee também apareceu em 1967, no Long Beach International Karate Championships e realizou diversas apresentações, incluindo o famoso soco "imparável" contra o campeão mundial de karatê, Vic Moore. Lee disse que ia dar um soco em seu rosto, e tudo o que Moore tinha que fazer era tentar bloqueá-lo. Lee deu alguns passos para trás e perguntou se Moore estava pronto, Moore faz sinal positivo com a cabeça, Lee então deu um soco em linha reta diretamente para o rosto de Moore, e parou antes do impacto. Em oito tentativas, Moore não conseguiu bloquear qualquer dos socos.
FILMES
Antes de morrer, porém, Bruce Lee fez vários filmes e o primeiro deles foi The Big Boss ( O Dragão Chinês no Brasil) em1971. Precisamente por ter sido o primeiro, este não foi o seu melhor filme: o controle de Bruce sobre o produto final esteve consideravelmente limitado e, infelizmente, nem todas as sequências de luta foram da sua autoria. Mesmo assim, as marcas do seu talento estão lá quase todas e o excelente argumento combina a ficção mais espetacular com alguns elementos retirados da biografia da sua vedeta principal. Tal como o protagonista Cheng Chau-an aporta numa terra estrangeira à procura de trabalho, também Bruce regressou em 1959 à sua cidade natal de São Francisco com apenas 115 dólares (15 do pai e 100 da mãe) nos bolsos em busca de uma nova vida. E tal como Bruce jurou aos seus pais evitar os sarilhos, também Cheng traz ao pescoço um amuleto de jade que representa idêntica promessa feita à sua mãe. Num dos pormenores mais memoráveis do filme, o amuleto é quebrado em dois, pelo que, liberto do peso simbólico desse compromisso, Bruce poderá então começar a fazer justiça pelos seus próprios meios.
O seu filme seguinte foi Fist Of Fury (A Fúria do Dragão em 1972), uma história de resistência ao imperialismo japonês que é também um testemunho eloquente do universalismo da mensagem de Lee. Numa das melhores cenas, Bruce desafia sozinho toda uma escola japonesa de karate, cujos membros haviam insultado a sua escola e apelidado o povo chinês de «homens doentes da Ásia». Bruce consegue derrotar todos os seus membros graças às suas superiores técnicas de combate – que são uma mistura de artes marciais de diversas regiões – demonstrando deste modo que o mais importante não é o país de origem das artes, mas sim o indivíduo e as suas convicções. Ao longo da sua vida, Bruce manteve-se leal a estes princípios e nas suas escolas compartilhou os seus ensinamentos e princípios de auto-defesa com todas as pessoas de todas as raças. Entre os seus alunos mais célebres, estiveram Roman Polanski, James Coburn e Steve McQueen.
Tanta generosidade e espírito de abertura não caíram no gosto de muita gente, sobretudo da fraternidade chinesa da Califórnia, cujos membros não aceitavam de bom grado que os segredos das artes marciais fossem revelados a estrangeiros. Bruce começou então a ser o destinatário de um sem número de ameaças e desafios, o mais célebre dos quais por Wong Jack Man, um mestre de kung-fu recém-chegado à América: quem dos dois perdesse o combate, seria forçado a fechar a sua escola de artes marciais. Bruce saiu ganhador em poucos minutos, mas mesmo assim não ficou suficientemente satisfeito com a vitória, pelo que considerou que era altura de reavaliar a sua condição física e repensar a sua técnica: nascia assim o seu jeet kune do, que acabaria por se tornar no mais eficiente sistema de combate corporal alguma vez concebido.
Alguns dos princípios desta nova arte seriam expressamente enunciadosem Way Of The Dragon (O Vôo do Dragão em 1972), o filme que se seguiu: «o método não é importante, desde que se utilize o corpo na sua máxima potencialidade», «mesmo por entre movimentos violentos podemos atingir os nossos objetivos e exprimirmo-nos» ou «qualquer que seja a arte, faltar-nos-ão sempre as forças se não aprendermos as coisas corretamente».
A designação jeet kune do foi adaptada em 1967, mas anos mais tarde Bruce arrependeu-se de ter dado um nome à sua arte, pois os dois tornaram-se indissociáveis. Um nome junta-se sempre ao seu referente de uma forma rígida. Ora, a rigidez é exatamente o oposto do «método sem método» sobre o qual assenta esta nova arte, que é essencialmente um processo de crescimento contínuo, melhoramento e adaptação. Bruce chegou, a este respeito, a afirmar: «o que quero mostrar é a necessidade de nos adaptarmos a circunstâncias que mudam. A incapacidade de adaptação traz consigo a destruição».
O seu filme seguinte foi Fist Of Fury (A Fúria do Dragão em 1972), uma história de resistência ao imperialismo japonês que é também um testemunho eloquente do universalismo da mensagem de Lee. Numa das melhores cenas, Bruce desafia sozinho toda uma escola japonesa de karate, cujos membros haviam insultado a sua escola e apelidado o povo chinês de «homens doentes da Ásia». Bruce consegue derrotar todos os seus membros graças às suas superiores técnicas de combate – que são uma mistura de artes marciais de diversas regiões – demonstrando deste modo que o mais importante não é o país de origem das artes, mas sim o indivíduo e as suas convicções. Ao longo da sua vida, Bruce manteve-se leal a estes princípios e nas suas escolas compartilhou os seus ensinamentos e princípios de auto-defesa com todas as pessoas de todas as raças. Entre os seus alunos mais célebres, estiveram Roman Polanski, James Coburn e Steve McQueen.
Tanta generosidade e espírito de abertura não caíram no gosto de muita gente, sobretudo da fraternidade chinesa da Califórnia, cujos membros não aceitavam de bom grado que os segredos das artes marciais fossem revelados a estrangeiros. Bruce começou então a ser o destinatário de um sem número de ameaças e desafios, o mais célebre dos quais por Wong Jack Man, um mestre de kung-fu recém-chegado à América: quem dos dois perdesse o combate, seria forçado a fechar a sua escola de artes marciais. Bruce saiu ganhador em poucos minutos, mas mesmo assim não ficou suficientemente satisfeito com a vitória, pelo que considerou que era altura de reavaliar a sua condição física e repensar a sua técnica: nascia assim o seu jeet kune do, que acabaria por se tornar no mais eficiente sistema de combate corporal alguma vez concebido.
Alguns dos princípios desta nova arte seriam expressamente enunciados
A designação jeet kune do foi adaptada em 1967, mas anos mais tarde Bruce arrependeu-se de ter dado um nome à sua arte, pois os dois tornaram-se indissociáveis. Um nome junta-se sempre ao seu referente de uma forma rígida. Ora, a rigidez é exatamente o oposto do «método sem método» sobre o qual assenta esta nova arte, que é essencialmente um processo de crescimento contínuo, melhoramento e adaptação. Bruce chegou, a este respeito, a afirmar: «o que quero mostrar é a necessidade de nos adaptarmos a circunstâncias que mudam. A incapacidade de adaptação traz consigo a destruição».
Este princípio de adaptação encontrou a sua expressão máxima naquela que viria a ser a maior sequência de combate alguma vez filmada: o célebre confronto final entre Bruce Lee e Chuck Norris no Coliseu de Roma.
No início do combate, Bruce é atingido diversas vezes pelo oponente porque adota uma atitude demasiado rígida. Norris também adota uma atitude rígida e os dois adversários vão trocando um número mais ou menos idêntico de golpes. Porém, Chuck Norris começa a levar a melhor graças ao seu peso e estatura. Bruce decide então mudar a sua estratégia e adota um «método sem método», variando constantemente o ritmo e a intensidade dos seus ataques, muito para irritação de Norris. Anos mais tarde, perguntaram ao ator americano qual dos dois ganharia se o confronto fosse mesmo real e Norris, que foi oito vezes campeão mundial de karate, confessou que o vencedor seria sem dúvida Bruce!
As reflexões filosóficas continuaram com o filme seguinte, Enter The Dragon (Operação Dragão em 1973):
O título de maior sucesso na carreira de Bruce é também a sua obra mais sábia e o compêndio de algumas das suas lições mais profundas. Uma delas está contida numa frase célebre que dirigiu a um jovem estudante do templo de Shaolin: Bruce aponta com o dedo para a Lua e diz«não penses, sente. É como um dedo apontado à lua». Quando o estudante olha diretamente para o dedo de Bruce, apanha uma bofetada e Bruce prossegue: «não olhes para o dedo senão perderás toda a beleza divina». O mestre fala aqui da necessidade dos homens se expressarem honestamente e abrirem o seu espírito a tudo aquilo que os rodeia; concentrar-se no dedo implicaria limitar a visão do mundo. O filósofo Bruce Lee sempre foi, aliás, avesso a sistemas fechados e acolheu influências das mais diversas proveniências, como o budismo, o taoísmo e o confucionismo.
O próximo filme deveria ser a enunciação mais completa desta sua doutrina, mas infelizmente Bruce nunca chegaria a realizar esse sonho.
Lembram-se do uniforme amarelo com a risca preta que Uma Thurman usouem Kill Bill ? Pois bem, o traje é uma homenagem explícita a Game Of Death, o quinto e último filme de Bruce Lee, no qual o protagonista utilizou um uniforme rigorosamente idêntico. A escolha do guarda-roupa não foi, aliás, casual: o fato representava a singularidade do estilo de Lee e a sua não filiação em nenhuma das artes marciais existentes. Lamentavelmente, a morte inesperada de Bruce não permitiu que o filme fosse concluído e a versão póstuma surgida em 1978 pouco ou nada tem que ver com o projeto original: por isso, esse celebérrimo fato amarelo mais o verdadeiro Bruce Lee surgem apenas no último terço do filme e durante 15 minutos, já que tudo o resto foi representado por duplos e sósias do mestre. Mesmo assim, pelo menos esses 15 minutos sobreviventes estão lá: três extraordinárias sequências de luta fluidas, dinâmicas e ricas em simbolismo, as melhores que Bruce alguma vez concebeu.
As reflexões filosóficas continuaram com o filme seguinte, Enter The Dragon (Operação Dragão em 1973):
O título de maior sucesso na carreira de Bruce é também a sua obra mais sábia e o compêndio de algumas das suas lições mais profundas. Uma delas está contida numa frase célebre que dirigiu a um jovem estudante do templo de Shaolin: Bruce aponta com o dedo para a Lua e diz«não penses, sente. É como um dedo apontado à lua». Quando o estudante olha diretamente para o dedo de Bruce, apanha uma bofetada e Bruce prossegue: «não olhes para o dedo senão perderás toda a beleza divina». O mestre fala aqui da necessidade dos homens se expressarem honestamente e abrirem o seu espírito a tudo aquilo que os rodeia; concentrar-se no dedo implicaria limitar a visão do mundo. O filósofo Bruce Lee sempre foi, aliás, avesso a sistemas fechados e acolheu influências das mais diversas proveniências, como o budismo, o taoísmo e o confucionismo.
O próximo filme deveria ser a enunciação mais completa desta sua doutrina, mas infelizmente Bruce nunca chegaria a realizar esse sonho.
Lembram-se do uniforme amarelo com a risca preta que Uma Thurman usou
MORTE DE BRUCE LEE
O fato mais misterioso e controvertido na vida do grande Bruce Lee continua a ser… a sua morte. As circunstâncias que rodearam o falecimento prematuro do maior mestre de artes marciais do séc. XX foram estranhas e permanecem até hoje inexplicadas. Conta-se que Bruce reagiu tragicamente mal a um comprimido para dores de cabeça, mas não parece que essa explicação oficial e politicamente correta convença muita gente: designadamente, fica por esclarecer porque é que durante a rodagem do seu último filme Bruce afirmou que não viveria o suficiente para ver o seu final. Muitos fãs inconformados têm por isso procurado outras explicações. Uns falam da possibilidade de suicídio. Outros, mais otimistas, acreditam que o seu ídolo não morreu, mas vive em reclusão num templo de Shaolin, longe dos olhares do mundo. Outros ainda, julgam que Bruce terá sido vítima da máfia chinesa, à qual sempre recusou prestar vassalagem.
Bruce estava trabalhando com a atriz chinesa Betty Ting Pei. Foi um dia a casa dela para discutir algumas cenas do filme e disse à ela estar com uma forte dor de cabeça. Ela lhe deu um remédio e ele se deitou. Algumas horas depois, Betty entrou em pânico por não conseguir acordá-lo e ligou para Raymond Chow (diretor e amigo de Bruce).
Ele foi a sua casa e notou que Bruce estava muito pálido. Levaram-no para o hospital, onde Raymond ligou para dar a notícia a Linda: Bruce Lee, a lenda das artes marciais, havia morrido. Todos foram ao chão com a notícia, espalhando-se pelo mundo.
Em seu sepultamento, foi homenageado por milhares de pessoas, e seu corpo foi levado para Seatle, onde ele e Linda se conheceram. Com apenas 32 anos, Bruce deixou uma esposa, dois filhos e um legado inigualável no mundo, tanto das artes marciais como das artes cinematográficas. Até hoje sua morte é discutida. Mas sua morte foi comprovada por uma autópsia e resultou num edema cerebral, um inchaço no cérebro causado por uma reação alérgica ao remédio tomado na casa de Betty. Mesmo com a sua morte, foi continuado e concluído 5 anos depois "Jogo da Morte", que também não deixou de ser um grande sucesso. Com isso, seu legado foi deixado nas telas e tornou-se uma grande figura mundial. Também possibilitou que outros artistas seguissem seu caminho. Entre seus sucessores, estão Jackie Chan, Chuck Norris, Jean-Claude Van Dame e muitos outros, mas nenhum poderia ter tanto destaque como seu filho Brandon, este que teve uma carreira também próspera, mas em 31 de março de 1993, durante as gravações de "O Corvo", Brandon foi morto no set de filmagem por uma arma de festim indevidamente checada. O filme continuou como em "Jogo da Morte", com dublês e efeitos especiais. Novamente, rumores sobre a morte de Bruce voltaram à discussão e novas teorias do porquê havia morrido voltaram à tona. Mesmo assim, ainda hoje, o nome Bruce Lee é mundialmente falado; revistas publicam artigos, vídeos são produzidos e até homepages são montadas em sua memória.
Em seu sepultamento, foi homenageado por milhares de pessoas, e seu corpo foi levado para Seatle, onde ele e Linda se conheceram. Com apenas 32 anos, Bruce deixou uma esposa, dois filhos e um legado inigualável no mundo, tanto das artes marciais como das artes cinematográficas. Até hoje sua morte é discutida. Mas sua morte foi comprovada por uma autópsia e resultou num edema cerebral, um inchaço no cérebro causado por uma reação alérgica ao remédio tomado na casa de Betty. Mesmo com a sua morte, foi continuado e concluído 5 anos depois "Jogo da Morte", que também não deixou de ser um grande sucesso. Com isso, seu legado foi deixado nas telas e tornou-se uma grande figura mundial. Também possibilitou que outros artistas seguissem seu caminho. Entre seus sucessores, estão Jackie Chan, Chuck Norris, Jean-Claude Van Dame e muitos outros, mas nenhum poderia ter tanto destaque como seu filho Brandon, este que teve uma carreira também próspera, mas em 31 de março de 1993, durante as gravações de "O Corvo", Brandon foi morto no set de filmagem por uma arma de festim indevidamente checada. O filme continuou como em "Jogo da Morte", com dublês e efeitos especiais. Novamente, rumores sobre a morte de Bruce voltaram à discussão e novas teorias do porquê havia morrido voltaram à tona. Mesmo assim, ainda hoje, o nome Bruce Lee é mundialmente falado; revistas publicam artigos, vídeos são produzidos e até homepages são montadas em sua memória.
NOS DIAS ATUAIS
A irmã mais velha de Bruce Lee e seu irmão caçula autorizaram uma empresa chinesa a fazer uma série de filmes biográficos sobre o ícone do kung fu, afirmando que desejam produzir um acervo historicamente correto da vida de seu irmão.
Phoebe Lee e Robert Lee estiveram no ano passado em uma cerimônia para assinar o acordo com a J.A. Media, em Pequim, 36 anos depois que Bruce Lee morreuem Hong Kong.
Le e se transformou em motivo de orgulho na China por interpretar personagens que defendiam os chineses e a classe operária de opressores.
Não há informações sobre quem deve interpretar Lee na série de filmes. O produtor Manfred Wong afirmou que a empresa planeja pelo menos três partes, sendo que a primeira cobriria os anos do lutador como adolescente, e acrescentou que o foco maior será dado à personalidade do ator em sua vida adulta.
“Haverá kung fu. Mas, o mais importante é que queremos retratar o real Bruce Lee. Como ele era? Era muito bem humorado, obediente aos pais e gentil com a família.”
Robert Lee afirmou que quer deixar um legado correto da vida de seu irmão. “Nós lemos muitos livros e vemos muitos filmes sobre Bruce Lee, mas há muitas incorreções neles. Eles inventam coisas”, afirmou, sem criticar nenhuma obra mais especificamente.
Phoebe Lee e Robert Lee estiveram no ano passado em uma cerimônia para assinar o acordo com a J.A. Media, em Pequim, 36 anos depois que Bruce Lee morreu
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Não há informações sobre quem deve interpretar Lee na série de filmes. O produtor Manfred Wong afirmou que a empresa planeja pelo menos três partes, sendo que a primeira cobriria os anos do lutador como adolescente, e acrescentou que o foco maior será dado à personalidade do ator em sua vida adulta.
“Haverá kung fu. Mas, o mais importante é que queremos retratar o real Bruce Lee. Como ele era? Era muito bem humorado, obediente aos pais e gentil com a família.”
Robert Lee afirmou que quer deixar um legado correto da vida de seu irmão. “Nós lemos muitos livros e vemos muitos filmes sobre Bruce Lee, mas há muitas incorreções neles. Eles inventam coisas”, afirmou, sem criticar nenhuma obra mais especificamente.
Estátua em homenagem a Bruce Lee em Hong Kong |