quinta-feira, 19 de maio de 2011

TRÍCEPS - O SEGREDO DE BRAÇOS GIGANTES




Hoje vamos mostrar um treinamento elaborado pelo pessoal da revista Super Treino. Este treinamento saiu na ed. 48. 
Muitas pessoas pensam que para aumentar o volume do braço o importante é treinar bastante o bíceps e só. O tríceps ocupa  dois terços do braço, portanto é a maior porção de músculos. Para aumentar o volume dos braços, treine forte igualmente tríceps e bíceps.




O SEGREDO PARA BRAÇOS GIGANTES



Para quem pensa que conseguirá braços enormes treinando apenas bíceps, aqui vai uma novidade. Sem tríceps bem desenvolvidos, nada de volume. Assim, apresentamos um programa para castigar esse grupo muscular e trazer resultados rápidos e poderosos.
É muito comum enfatizarmos o treinamento daqueles músculos que enxergamos facilmente diante do espelho: peitorais, bíceps, abdome e quadríceps. No entanto, os demais músculos, não são tão aparentes nesta situação, como tríceps e isquiotibiais, por exemplo, podem valorizar, e muito o físico. E isso ao apenas do ponto de vista estético, mas também funcional.
Quando mencionamos a ação funcional do tríceps, nos referimos a quantidade de movimentos que o músculo realiza nas atividades cotidianas e também no esporte, podendo, inclusive, ser um fator importante na melhora de performance de esportes que utilizam os movimentos de empurrar, como as lutas, por exemplo. Além disso, esteticamente, por estar localizado na parte posterior e lateral do braço, seu ótimo desenvolvimento proporcionará um grande volume para seus braços.
É preciso saber que, para obter força funcional e explosiva pra o tríceps, não basta apenas realizar exercícios como o tríceps coice com halteres ( apesar de ser um ótimo exercício complementar). Um programa de treinamento com diferentes estímulos irá fazer os seus tríceps, explodirem e deixar seus braços como troncos de árvore. Por isso, nesta rotina de treinamento, elaboramos na sua maioria exercícios multiarticulares. E para os exercícios isolados acrescentamos algumas surpresas para seus músculos, o que o obrigará a melhorar os níveis de força e volume.
Para executar nossa proposta de treinamento para tríceps, escolha entre dois a três exercícios propostos para cada duas das seis semanas ( veja sugestão no quadro ) e faça entre três e cinco séries de cada um deles. Use intervalos de 1 minuto entre a s séries. Adapte as repetições ao seu treino, variando entre 6 a 20 repetições por série. Escolha repetições altas para melhorar a resistência e repetições baixas ( 6 a 12 ) caso queira aumentar o volume muscular. Da mesma forma, as cargas utilizadas devem estar de acordo com seus objetivos. Não se esqueça, você deve escolher os pesos para que consiga executar de 3 a 5 séries com perfeita técnica e chegar ao último movimento sentindo que não conseguiria tentar mais uma repetição, independentemente se optou por treino de força ( muita carga e pouca repetição) ou resistência ( pouca carga e mais repetições ). Faça a suas séries para tríceps duas vezes por semana. Por serem exercícios que exigirão muito da sua musculatura, será necessário um bom período de recuperação.





OS EXERCÍCIOS:
OBS.: escolha entre dois a três exercícios propostos e faça durante 2 semanas, depois escolha outros e faça por mais duas semanas, e assim sucessivamente até completar as seis semanas.

TRÍCEPS TRIFÁSICO NA POLIA
TRÍCEPS GANCORRA NA PARALELA
TRÍCEPS PRONADO EM SUSPENSÃO
DUPLO TRÍCEPS
FLEXÃO DE BRAÇOS COM BOLA SUIÇA
TRÍCEPS COMBINADO NA POLIA
TRÍCEPS TESTA  EM PÉ

EXECUÇÃO DOS EXERCÍCIOS:
1)   TRÍCEPS TRIFÁSICO NA POLIA
O exercício consiste em realizar o movimento do tríceps na polia alterando o posicionamento corporal para diferentes execuções. Para isso, utilizaremos três posições corporais: ereto, 45° e 90° em relação ao solo. A mudança da posição do corpo varia a relação força-comprimento do músculo, alterando os estímulos, entre as diferentes porções musculares. Mantenha os pés e os cotovelos estáticos durante os movimentos, e os abdominais contraídos para estabilizar a coluna.


2)   TRÍCEPS GANCORRA NA PARALELA
Suspenda o corpo em linha reta na paralela e comece com os braços estendidos e o corpo perpendicular ao solo. Desça lentamente o corpo em direção ao solo e, na subida, desvie o peso do seu corpo para o braço direito. Abaixe novamente e, na subida desvie o peso do seu corpo para o braço esquerdo, contando uma repetição.


3)   TRÍCEPS PRONADO EM SUSPENSÃO
Com um equipamento de treinamento em suspensão ou uma corda no Smith, de modo que este esteja posicionado de 45 a 60 cm do solo, faça um movimento semelhante à flexão de braço, porém com as mãos separadas na distância dos ombros, a ponta dos pés apoiados no solo ( quem tiver maior dificuldade na execução pode apoiar os joelhos) e braços estendidos a frente. Permita que o corpo desça em direção ao solo, até que as mãos estejam na altura dos ombros e retorne a posição inicial.






OBS.: Caso não tenha o equipamento de suspensão, substitua pelo exercício para tríceps executado com barra no supino, conforme as fotos ao lado.



4)   












D  DUPLO TRÍCEPS
ATENÇÃO: Caso não tenha a barra à disposição, improvise com halteres ou bancos na primeira execução, e com bancos na segunda opção de movimento. Para a primeira execução, separe as barras ou halteres na largura dos ombros, coloque os pés sobre um banco – para aumentar a intensidade -, mantenha os braços estendidos e, em seguida, desça com os cotovelos próximos ao corpo. Para a segunda execução, posicione as barras ou os bancos distantes na largura dos ombros e coloque os pés sobre um banco – para aumentar a intensidade-, e desça o corpo até que os cotovelos cheguem até a altura dos ombros, retornando, em seguida, a posição inicial.


5)   FLEXÃO DE BRAÇOS COM BOLA SUÍÇA
Neste exercício realiza-se a flexão de braço com ambas as mãos apoiadas sobre a bola suíça. Durante a execução, os cotovelos são flexionados ao lado do corpo, até que os braços estejam paralelos ao tronco. Mantenha a coluna na posição anatômica e, em caso de dificuldade para estabilizar a bola, encoste-a na parede.

6)   TRÍCEPS COMBINADO NA POLIA
Vamos combinar dois movimentos e trabalhar o músculo por completo. Lembra-se de que o tríceps realiza movimento no cotovelo, e também no ombro? Pois é, vamos explorá-los neste exercício. De frente para a polia, segure a barra com as palmas das mãos voltadas para baixo e estenda os braços a frente do corpo. Flexione os cotovelos até a posição base para executar o movimento tradicional de tríceps na polia. Em seguida execute o movimento de tríceps na polia normalmente. Ao final do movimento comece a estender os cotovelos de volta a posição inicial. Repare que o movimento é o mesmo de quando roubamos ao utilizar altas sobrecargas, mas, neste caso, o movimento deve ser conduzido a fim de explorar a maioria das fibras musculares.


7)   TRÍCEPS TESTA EM PÉ
Segure a barra W com a pegada fechada, braços estendidos sobre a cabeça e abdome contraído. Apesar de segurar a barra com ambas as mãos, o esforço será realizado apenas com um braço, utilizando  o outro como apoio. Desça a barra lentamente até a nuca, sustentando a barra apenas com o braço direito e suba utilizando o mesmo braço. Em seguida, faça o movimento com o outro braço para concluir a primeira repetição. Apesar de o esforço ser realizado com um braço de cada vez, mantenha a barra reta durante o movimento.


PROGRAMA DE TREINO
Nesta rotina de treino manteremos dias fixos para os músculos dos braços, ou seja, toda segunda e sexta feira treina tríceps mais o grupo muscular que aparece no quadro, e toda terça e quinta feira, treina-se bíceps mais o grupo muscular do quadro, enquanto que os demais irão variar a cada semana.

SEMANA
SEGUNDA
TERÇA
QUARTA
QUINTA
SEXTA
  e 4ª
Peito + aeróbio
Perna + ombro
Costas + abdominal
Peito + aeróbio
Perna + ombro
2ª e 5ª
Costas + abdominal
Peito + aeróbio
Perna + ombro
Costas + abdominal
Peito + aeróbio
3ª e 6ª
Perna + ombro
Costas + abdominal
Peito + aeróbio
Perna + ombro
Costas + abdominal

TRÍCEPS
BÍCEPS

BÍCEPS
TRÍCEPS

A IMPORTÂNCIA DA RECUPERAÇÃO MUSCULAR NO PÓS TREINO





A IMPORTÂNCIA DA RECUPERAÇÃO
MUSCULAR   NO    PÓS-TREINO

Uma dieta deficiente em carboidratos reduz rapidamente o glicogênio muscular e hepático e, subseqüentemente, reduz o desempenho nos exercícios intensos e de curta duração, assim como nas atividades prolongadas.
A redução do conteúdo das reservas de glicogênio ( muscular/hepática) está associada à ocorrência de fadiga. Para melhorar a performance, os CHO são consumidos antes, durante e depois do exercício. A reposição do glicogênio utilizado após o exercício é um aspecto fundamental na recuperação da capacidade de endurance. A preocupação quanto ao tipo, frequência e quantidade do consumo de CHO merece atenção, principalmente quando o indivíduo necessita de reposição rápida do estoque ( entre 4 e 6 horas ). Quando a reposição é considerada no contexto de 24 horas após o exercício, essas preocupações quanto a particularidades na administração do carboidrato, em geral, não se justificam.
Dada a importância dos carboidratos para a performance de exercícios aeróbios de longa duração, recomenda-se que indivíduos que se exercitam regularmente devem consumir uma dieta entre 55 e 70% de seu total calórico na forma de carboidratos.
Quanto ao tipo de carboidrato a ser consumido, glicose e sacarose são os que possuem a maior capacidade de repor glicogênio muscular quando comparados com a frutose, nas seis primeiras horas após o exercício, em virtude de seu elevado índice glicêmico. Essas refeições se revelam extremamente eficazes com uma dose de 0,7 g/Kg de peso corporal, quando feitas a cada duas horas, no transcorrer das seis horas após o exercício.

O crescimento muscular ocorre em três fases:

1.    ESTIMULAÇÃO: O stress, causado durante o treinamento pelas sobrecargas metabólicas e tensionais, provoca micro lesões nos músculos envolvidos que caracterizam a estimulação.

2.    RECUPERAÇÃO:  Envolve tanto a reparação dessas micro lesões como também o restabelecimento energético num patamar superior ao anterior. Esta fase de recuperação é fundamental para o desenvolvimento muscular a fim de se preparar para estímulos subseqüentes mais intensos. Se o atleta não estiver completamente recuperado e houver fornecimento de nova sobrecarga, a musculatura responderá de maneira negativa, desfavorecendo o desenvolvimento muscular. Em se tratando do treinamento de hipertrofia muscular, acredita-se que a recuperação ocorra entre 48 e 72 horas, considerando uma alimentação adequada e outros fatores, tais como o descanso.

 3.    CRESCIMENTO: O processo de crescimento muscular, portanto, ocorre em sua maior parte não durante o treinamento e sim no período de descanso. A síndrome do overtraining se manifesta primariamente no sistema nervoso, depois alcançando o sistema muscular.

RECUPERAÇÃO PÓS-EXERCÍCIO

Imediatamente após o exercício:  1 a 2 horas após o treino, os músculos que estavam ativos se preparam para restabelecer a energia gasta e maximizar a entrada de nutrientes. Este é o estado em que o corpo se encontra mais receptivo à absorção e armazenamento de energia.
Geralmente o corpo experimenta uma diminuição natural de insulina circulante durante o exercício. Esta situação é superada por uma mudança nas células do músculo exercitado. Acredita-se que durante o exercício físico uma determianda proteína presente na membrana da célula é ativada por gatilhos de receptores de insulina, permitindo que a glicose entre na célula sem depender da insulina. Este fenômeno é conhecido como fase insulino-independente. Esta fase ocorre até duas horas após a atividade física.
Quando consumimos um alimento, a insulina é lançada o organismo, mas quando é lançada na fase insulino-independente teremos dois mecanismos que agem para levar nutrientes para as células do músculo trabalhado. Ambos os processo fazem com que os nutrientes entrem nas células mais rapidamente, neste período importante para a recuperação.
Estudos demonstram que uma dieta adequada em carboidratos e proteínas cria uma resposta insulínica mais eficiente na recuperação do glicogênio muscular e para o metabolismo.

SÍNTESE DE GLICOGÊNIO MUSCULAR

Em média, apenas 5% do glicogênio muscular utilizado durante o exercício é ressintetizado a cada hora após o exercício. Da mesma forma, para que a restauração seja total, são necessárias ao menos 20 horas após a prática de exercícios intensos, desde que sejam consumidos carboidratos em quantidades adequadas.
Durante dias consecutivos de competição, ou de treinamento intenso, recomenda-se que os atletas consumam carboidratos entre 15 e 30 minutos, com porções adicionais a cada 2-3 horas.
No caso de treinos de endurance, a restauração do glicogênio muscular é um fator fundamental para o rápido restabelecimento da capacidade de realizar o exercício. Mesmo sem a ingestão de carboidratos, a reposição do glicogênio muscular pode ocorrer a partir da reutilização do lactato produzido durante o exercício intenso ( o processo de recuperação ativa potencializa essa conversão). Acredita-se, porém, que a contribuição do lactato é pouco significativa para a recuperação do glicogênio muscular como um todo.